Cinemadas

Friends With Benefits

Não tenho muito a dizer sobre este filme; é uma comédia romântica acima da média das que andam aí, tem os seus momentos divertidos, bom ritmo, o casal em questão tem uma grande química no ecrã, mas falta qualquer coisa para ser mais do que um filme giro.

Duas notas: gosto do Timberlake, o gajo está mesmo cada vez melhor nessa história de ser actor, e a Mila Kunis também, mas desilude-me de vez com tanto ossinho à vista.

Standard
Cinemadas

Black Swan

A cena da imagem acima nem é das melhores nem influencia absolutamente nada o resto do filme, havia muitas outras fotos artisticamente belas na cinematografia, mas…não resisti. Homem é bicho.

Ora bem, concentrando. O Darren Aronofsky está em topo de forma. Este filme prima pela perfeição em aspectos vários, sendo que não me lembro de ver nos tempos recentes um thriller psicológico tão bom.

Eu não percebo de ballet, mas quer-me parecer que foi feito um esforço para conjugar ao máximo o estilo da realização como se de uma dança se tratasse. O filme todo é uma fábula, ora encantada, ora sombria. Vai-se dançando de uma cena para a outra, sem nunca levantar demasiado o véu sobre o quanto do que se está a ver ser fruto da mente delirante da bailarina ou da realidade aterradora que a rodeia.

Planos simples, de uma intensidade tremenda, e com momentos deliciosamente perturbadores no caminho da metamorfose da personagem, bem transportada por uma banda-sonora visceral, estranhamente não nomeada para os óscares em detrimento de uma tão insípida quanto a do Social Network.

A minha estimada Natalie Portman está brilhante, o filme é ela e ela carrega-o bem nas suas ossudas costas, mas não muito atrás o estão Vincent Cassel, na sua ambiguidade mentor/vilão,  Barbara Hershey (e principalmente esta), ternurenta e terrificamente assustadora ao mesmo tempo, e Mila Kunis, de quem talvez menos se esperasse uma alter-ego tão boa à Natalie, mas que pode ter aqui a prova de que é bem mais que uma carinha bonita, roubando a cena em mais que um momento. Corrijo o alter-ego, porque no fundo o alter-ego de Nina é ela própria, mas isso fica pra pensar.

Só temo uma coisa: que o homem se agarre demasiado a este fórmula que no fundo já foi a base do Wrestler, mas por agora parece que vem aí uns blockbusters para o gajo encher a mala, no futuro logo se vê.

Ainda sobre os óscares… que se fodam os óscares.


The scene above is not particularly relevant, there were other artistically beautiful images in the cinematography, but… I’m a man, thus an animal, couldn’t help it.

Ok, concentrating. Mr. Darren Aronofsky is on top-shape, undoubtedly. This film is perfect at several levels, and I don’t remember seeing such a good psychological thriller recently.

I’m not really into ballet, but it seems that the man tried to direct the film as a dance, a fable, sometimes a fairy tale, sometimes a dark fantasy. We go dancing from a scene to another, without knowing if what we’re seeing belongs to the ballerina’s atrocious reality or to her delirious mind.

Simple scenes with tremendous intensity, and deliciously disturbing moments on the way to her metamorphosis, well carried by an amazing soundtrack, strangely forgotten by Oscars who nominated a tasteless score such as the Social Network one.

My dear Natalie is brilliant, she is the movie and carries it well through her skinny shoulders, but so are Vincent Cassel in his mentor/villain ambiguity, Barbara Hershey (and mainly her), sweet and terrifically scary at the same time, and Mila Kunis, from whom maybe we could have expected less to be such a good alter-ego, but proves that maybe she is much more than a pretty face, stealing the show at some moments. I correct the alter-ego, as Nina’s alter-ego is no one but herself, actually.

I just fear one thing: that the man gets too attached to his formula already used on the Wrestler, but now is time for him to make some cash with his next blockbusters, in the future we’ll see.

Yet about the oscars… ok, fuck them.

Standard