Teatradas

Baixa Terapia

Baixa Terapia. Eis que quatro anos depois de o termos visto no mesmo teatro, voltamos a ter o privilégio de ver uma peça produzida e protagonizada pelo grande António Fagundes (e família “alargada”), e que está em cena no Tivoli até ao final de Outubro.

Três casais frequentam habitualmente (e em separado) sessões de terapia com uma psicóloga, mas ao chegarem ao consultório percebem que não só esta não está presente, como terão que fazer uma terapia de grupo com os restantes casais que não conhecem, seguindo as instruções preparadas pela terapeuta e deixadas em envelopes no consultório.

Inicialmente a coisa começa meio morna, mas sem nos darmos conta começa a descambar completamente e a entrar numa espiral de discussões absolutamente caóticas e que chegam a ser cruéis, de tão hilariantes; há muito, muito tempo que não me ria tanto com uma peça de teatro, e o melhor de tudo é que a peça não só sucede nessa vertente, como aborda dessa forma uma quantidade absurda de temas delicados, com direito a verdadeiro golpe de teatro no final. Obrigado, família Fagundes!

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Fundraising André Antunes

Não é de ânimo leve que escrevi isto e que comecei este fundraising; este tipo de exposição é algo que custa imenso ao André, mas a situação é verdadeiramente crítica e assim o justifica.

Desde o início de 2016 que o meu grande amigo André Antunes tem enfrentado sucessivas e duríssimas batalhas contra o cancro. O que começou então como fraqueza, cansaço e perdas de sangue, culminou num diagnóstico de cancro no cólon/reto, com diversas metástases hepáticas. Na altura foi-lhe dada uma esperança média de vida de 6 meses.

Seguiram-se 6 ciclos de quimioterapia (interrompidos por terríveis reacções alérgicas) até ser alcançada uma redução que permitiu a operabilidade do fígado, o órgão que lhe punha a vida em risco. Havia uma probabilidade de 50% de que o André não sobrevivesse à operação de 8 horas que se seguiu, mas ele manteve-se na luta. Mais tarde, houve ainda outra operação ao reto, para retirar o que faltava.

Com as metástases mortas e muito pouco tumor activo, os resultados foram animadores, mas não duradouros. As reacções alérgicas não lhe permitiram fazer a quimioterapia preventiva protocolar (fez radioterapia em alternativa) mas, de Janeiro de 2017 até Abril de 2018 os exames revelaram que não havia evidência recidiva. Nesse período voltou moderadamente ao ciclismo de estrada/BTT, à natação e a muito do que era a sua rotina “normal”.

Em Abril deste ano, numa consulta de rotina, com a oncologista, o pesadelo voltou. Tinha metástases na zona pélvica, fígado e pulmão, este num estado muito inicial. Pulmão e fígado foram “queimados” mas tal não era possível na zona pélvica. Tanto o IPO Porto, o IPO Lisboa e o Curry Cabral comunicaram-lhe que não havia solução para o problema; a quimio foi tentada uma última vez, com efeitos terríveis e a percepção imediata de que a sua continuação poderia ser fatal.

Com todas as dores que possuía, a falta de sono e nenhuma perspectiva de tratamento, o André só conseguiu recorrer à alteração dos hábitos alimentares, tornando-se vegan. Ainda que os médicos duvidem dos benefícios, ele sente-se com bastante mais energia deste então, e continua a fazê-lo. Isso deu-lhe uma esperança de que estivesse a melhorar, mas após insistência médica e realização de exames, a conclusão foi que a doença continuava a avançar, e até mais depressa do que o previsto.

Todas estas dificuldades têm sido ultrapassadas às custas da imensa força do André, mas chegamos ao momento em que a todas estas dificuldades junta-se a capacidade monetária. Já há algum tempo que a oncologista lhe tinha indicado a existência de uma clínica na Alemanha para tratamento baseado em células dendríticas , mas foi deixada para último plano precisamente devido aos custos.

A vacina das células dendríticas é produzida com o sangue do próprio doente, que após tratado em laboratório, é devolvido ao doente contendo as informações necessárias que são transmitidas ao sistema imunitário. A teoria é que esta informação leve o sistema imunitário, agora reprogramado, saiba as células que deve atacar e as que deve proteger.

São necessárias no mínimo 4 vacinas, dadas num intervalo de 4 a 6 semanas para que o sistema imunitário esteja suficientemente forte e informado para combater o tumor. Na primeira vez que o doente vai à Alemanha (dia 1 de Outubro, no caso do André), fica cerca de 10 dias; nas vezes seguintes, 3 a 4.

Cada paciente tem a sua terapêutica definida aquando da primeira consulta na Alemanha. Casa vacina custa 5155,66€. A este valor acrescem mais 4000€ para a leucoferese, que só se faz na 1ª ida à clínica.

Neste momento não se sabe com exactidão o custo total dos tratamentos, mas o valor nunca será inferior a 32000€. Uma vez que o caso é bastante grave, ele vai ser seguido pelo Dr. Thomas Neßelhut, pioneiro nesta área. A este valor acrescem viagens, estadia, aluguer de carro, alimentação e suplementos. Neste momento ele já gasta cerca de 360€ por mês em ozonoterapia + suplementos (cerca de 200€), que lhe aliviam as dores e lhe permitem continuar a trabalhar (algo extremamente difícil de convencer o André a abdicar fazer).

Esta é a derradeira e melhor hipótese de tratamento que o André tem, e queremos fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para que ele a aproveite. Caso tenham a possibilidade de contribuir, não hesitem em fazê-lo; iremos manter esta página actualizada com os gastos que forem sendo feitos. Podem também fazê-lo directamente para a conta bancário do André:

IBAN: PT50 0018 000338942637020 26
Swift Code/BIC:TOTAPTPL
(André Antunes)

Obrigado!

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