Paternidade

7 Meses

E lá se passou mais um mês na curta história de vida da Carolina.

É cada vez mais impressionante a quantidade de diferenças que notamos nela, de um mês para o outro. Em tamanho, em comportamento, em “habilidades”…

Há um mês atrás preocupava-nos ela não demonstrar vontade nem força para se sentar, agora preocupa-nos ela não querer permanecer um minuto sem se erguer! Passou a dar mais trabalho, até porque também aprendeu que não é só chorando que se reclama, gritar também faz efeito, mas a satisfação também é maior ainda.

Balbucia durante longos minutos dadadadada e mamamama, sendo que mamã diz que a última é obviamente mamã, e o papai defende que a primeira é dad, que a menina já é bilingue, quiçá trilingue até?

Adora crianças. O primo, em especial, mas fica completamente eufórica quando outras crianças vem ter com ela.

Como pequena leoa que é, come, come e come, não se nega a nada. Hoje a prenda de mesiversário é o primeiro peixe, vamos ver como corre.

Parabéns filha. Continua assim, que vais bem.

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Tecnologias

WordPress no Azure

Aviso à navegação: em raro momento, o informático vai falar de informática no post que se segue.

Houve uma ligeira e imperceptível mudança aqui no blog: deixei de usar o hosting da Bluehost (do qual nunca tive queixas em 3 anos) e migrei para o Windows Azure. Fi-lo para experimentar finalmente a “nuvem” da Microsoft, mas principalmente porque através da empresa tenho uma subscrição MSDN que me oferece um plaffond mensal no Azure. Regra geral, se dá para poupar, eu poupo.

Para quem também tenha acesso a esta benesse ou tenha dinheiro em abundância e queira fazer o mesmo, um resumido guia:

Há duas maneiras de fazê-lo: montar uma máquina virtual e fazermos nós o setup todo da coisa, ou simplesmente montar um site “pré-fabricado”, que é maneira mais preguiçosa. Como bom preguiçoso, descrevo aqui a segunda.

No vosso portal de gestão do Azure, há um item do menu do lado esquerdo chamado “sites”; chegam aí, carreguem em “new” para adicionar um novo site, escolham a opção “from gallery”, na janela seguinte escolhem “WordPress”; mais uns passos triviais (nome e afins) e já está:

Azure Novo Site

Se estão a fazer o site WordPress de raiz, parabéns, a vossa jornada terminou aqui. Se querem migrar os conteúdos de um site que já tinham, vamos embora:

Há duas componentes que necessitam ser migradas, os ficheiros estáticos que tinham no servidor (os temas, os plugins, os uploads que tenham feito) e a base de dados (galera .br, leia-se arquivos/banco de dados).

Para os ficheiros, vou assumir que sabem sacar de alguma forma (FTP, cliente web, martelo) os ficheiros do vosso antigo servidor. Para espetá-los no Azure, podem ligar-se por FTP à vossa nuvem.

azure_configuration

Destaco na imagem acima o user e o host com o qual se podem ligar. Para a password precisam dar uma voltinha um pouco maior: na interface do dashboard podem exportar o vosso publish profile clicando no botão respetivo, dentro dele pesquisem por userPWD, e lá estará ela, comprida e cintilante.

azure_publish_profile

Para a base de dados, suponho que seja possível ligarmo-nos diretamente ao MySQL no Azure mas ainda não vi nem me interessa por enquanto saber como, portanto cá vai outra solução de preguiçoso: instalar um dos milhentos plugins que nos permitam exportá-la de um lado, importá-la do outro.

Para o efeito usei o Portable phpMyAdmin, que mete uma instância do phpMyAdmin disponível dentro da própria interface do WordPress, com o qual já estou habituado a fazer export/import. Façam o mesmo e sejam felizes.

Por último, se não quiserem usar o domínio padrão azurewebsites.net e tiverem um domínio próprio vosso, precisam atualizar o vosso site para shared, e de seguida configurar o fornecedor do vosso domínio para apontar para o Azure. Podem encontrar instruções detalhadas sobre essa configuração aqui. Para mudar o vosso site para configuração shared, é só irem à opção scale:

Azure Shared

Até agora não tenho mais nenhum comentário a tecer sobre a utilização da coisa a não ser sobre a sua interface de configuração, que é orgásmica. Mas se correr mal, eu aviso.

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Pátria que me acolheu, Sonoridades

Chullage

chullage

O Chullage é o meu rapper português de eleição. Não sei se por ignorância minha em relação “à cena” ou não, mas considero que nem preciso de todos os dedos das mãos para contar rappers portugueses de qualidade, e este é o que gosto mais.

Esta entrevista com ele já tem mais de um ano, mas entre aviões, comboios e autocarros estou numa de recuperar terreno em filmes, livros e outros que tais, e identifiquei-me particularmente com o que ele diz nesta conversa. Os pontos onde me revi são estes:

Mediocridade dos mídia (4m45s): melhor definição que vi nos últimos tempos, jornalismo de microondas. Parte do problema, quando devia ser parte da solução.

Pirataria (7m45s): Vindo de um gajo que não está nem de perto nem de longe próximo dos tops, é de valor. Defende o ponto de vista do sofrimento do artista, mas admite a mudança de paradigma da indústria e desmarca-se de agarrar-se à mama como muitos artistas consagrados.

Voto (11m15s): A desilusão completa com o sistema político/económico vigente, a falta de sentido no acto do voto, e a ironia do voto ser no fundo a derradeira desresponsabilização da nossa parte. Acrescento a isto a desilusão com a população votante, que não só elege sempre os mesmos, como os elege por serem eles não mais que o espelho da população em geral, infelizmente.

A relação amor-ódio dos Portugueses com a emigração (17m34s) e a questão racial (23m19s): não sou preto nem cresci no Asilo, mas ter sotaque, família e amigos diferentes também marcou e muito a minha infância e adolescência (e felizmente, para o bem, a pessoa que sou hoje).

Materialismo (37m30s): “Hoje em dia interessa-me muito mais dar amor ao meu filho do que um par de ténis.”, e esta diz tudo.

Finalmente, e de forma menos óbvia, uma coisa que me agrada nesta postura é a forma despretensiosa com que discursa e mostra inteligência sobre assuntos interessantes. Digo isto porque acho que cada vez mais, e de forma demasiado evidente na minha geração, há uma preocupação excessiva em se fazer parecer culto, cool, indie ou o que quer que seja que fique bem no facebook, no instagram ou no raio que o parta.

Fica aqui um exemplo dessa inteligência, numa dissertação irónica sobre um dos defeitos nacionais de que falava acima.

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Andanças

Meu querido mês de Agosto

SAM_0843

Agosto, o mês do emigrante. Eu que sempre gozei com esta época, me vejo agora querendo dar tudo por mais uma semana desfrutando dela.

O que é que eu vi nestas férias?

Vi a minha pele ficar vermelha pela primeira vez em muitos anos e, também de forma inédita, isso ter sabido bem.

Vi, em outros tantos, o meu Sporting me entusiasmando na silly season, mesmo não sendo candidato.

Vi o turismo aparentar funcionar, com matrículas e línguas estrangeiras minuto sim, minuto não, mesmo acima do Allgarve.

Vi desejar pela primeira vez que ventasse na Fonte da Telha, para fazer parapente. Ficou para a próxima.

Vi a minha filha pisando pela primeira vez a areia da praia e sentindo a água do mar, e o quanto isso me emocionou.

Vi que, apesar dos erros que vão persistir e das pessoas que não vão mudar, mais cedo ou mais tarde, vou ter que voltar.Agosto, o mês do emigrante. Eu que sempre gozei com esta época, me vejo agora querendo dar tudo por mais uma semana desfrutando dela.

O que é que eu vi nestas férias?

Vi a minha pele ficar vermelha pela primeira vez em muitos anos e, também de forma inédita, isso ter sabido bem.

Vi, em outros tantos, o meu Sporting me entusiasmando na silly season, mesmo não sendo candidato.

Vi o turismo aparentar funcionar, com matrículas e línguas estrangeiras minuto sim, minuto não, mesmo estando bem acima do Allgarve.

Vi a minha filha pisando pela primeira vez a areia da praia e sentindo a água do mar, e o quanto isso me emocionou.

Vi que, apesar dos erros que vão persistir e das pessoas que não vão mudar, mais cedo ou mais tarde, vou ter que voltar.

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Paternidade

Poeminha para Carolina

Carolina dos olhos de céu,
Menina dos olhos de mar,
Me diz o que queres saber,
Eu aprendo para te ensinar.

Carolina da pele clara,
Menina na noite escura,
Me diz do que tens medo,
No meu colo estarás segura.

Carolina no colo serena,
Menina no chão agitada,
Me diz onde queres ir,
Te acompanho na caminhada.

Carolina do sorriso bonito,
Menina da boca sem dente,
Me diz como descrever
O amor que esse teu pai sente.

In FR7035 FAO-DUB, 12 Agosto 2013

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