Cinemadas

Goodbye Bafana

Não sei se foi a propósito de andar tudo a medo que o homem dê o peido-mestre nos próximos dias ou não, mas apanhei em zapping em um dos milhentos canais a cabo este filme sobre Nelson Mandela, mais concretamente sobre a sua relação com James Gregory, um seu guarda-prisional.

Gregory era inicialmente um guarda como os outros, racista como tudo, mas teve a sua filosofia de vida completamente alterada pela relação que desenvolveu com Mandela, tendo inclusive sofrido na pele diversos problemas pelas posições que tomou em relação ao homem.

Não é nem de perto nem de longe um bom filme, os 18 anos de Mandela na prisão vão passando “na boa”, e tanto a interpretação do Joseph Fiennes quanto do Dennis Haysbert são demasiado em piloto automático para despertar sentimentos fortes no espectador, mas aprender a desconhecida história do guarda e da sua família chegam para dar alguma satisfação. É aqui que a porca torce o rabo.

Mesmo dando de barato o devido exagero cinematográfico que se assume que exista sempre, segundo consta na Wikipedia (e se tá na Wikipedia é verdade, toda a gente sabe), além do Mandela não dar nenhum sinal de ter toda aquela intimidade com o homem, um dos seus biógrafos contesta veementemente tudo o que ali está descrito.

Não gosto de levar banhadas.

I don’t know exactly if this was because everyone is afraid that the man passes out at any moment, but zapping tonight I caught this movie about Nelson Mandela and his relationship with James Gregory, one of his wardens in prison.

Initially, Gregory was just like any other warden, racist as fuck, but got his life philosophy completely altered by the friendship he developed with Mandela, which eventually even led him and his family to suffer some consequences.

It is by no means a good film, the eighteen years of island imprisonment of Mandela go by as nothing, and both Joseph Fiennes and Dennis Haysbert are clearly acting autopilot, without managing to obtain strong feelings to the viewers. However, learning the unknown history of the warden and his family is compelling enough to achieve some degree of satisfaction.

Even discarding the expected cinematographic exaggeration, Wikipedia says (and everybody knows that the Wikipedia don’t lie), besides Mandela never showing signs of having such an intimate relationship with the warden, one of his official biographers completely denies most of Gregory’s claims.
I don’t like to be fooled.

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Catfish

Não tinha ouvido falar deste documentário que aparentemente fez furor em Sundance o ano passado, e provavelmente não teria lhe deitado a vista em cima se não tivesse sido recomendado pelo meu bom amigo Gimbras. Seria uma pena, porque é  uma pequena pérola.

Catfish foi filmado e montado de forma extremamente simples, sem revelar nem amadorismo nem demasiada pretensão por parte dos dois realizadores, deixando que o foco se mantivesse na trama e no envolvimento do “personagem” principal. Escolha completamente acertada, pois a história é suficientemente “stranger than fiction” para prender a atenção do espectador e deixá-lo enredado no desenrolar dos acontecimentos, demais divagações só serviriam para distrair-nos do essencial.

Nev é um fotógrafo que começa por travar amizade através do Facebook com um rapariga de 8 anos que pinta quadros baseados nas suas fotografias. O irmão de Nev e um colega decidem documentar o desenrolar dessa relação, e o subsequente envolvimento com a família da rapariga e demais eventos despoletados por esse desenrolar, sendo que tudo o que se passa a seguir levanta diversas questões, tanto a nível da leviandade com que se encaram os relacionamentos online actualmente quando do vazio da própria vida real em si. Isto tudo sem nunca empregar um tom demasiado deprimente à coisa, o que teria sido bastante fácil (e inócuo).

É difícil revelar mais sem estragar a surpresa que o filme gera, portanto o resto fica pra pensar. Go!

I haven’t heard of this documentary before, and probably wouldn’t watch it if it wasn’t for my good friend Gimbras recommendation. Would be a shame, it’s really a good surprise.

Catfish was filmed and arranged in a very simple fashion, without appearing to be too amateur or two pretentious, and keeping the focus in the plot and in the main “character”. It was a good choice, since the story is sufficiently “stranger than fiction” to keep our attention.

Nev is a photographer who starts to develop a Facebook friendship with an 8 eight year girl that paints pictures based on his photos. Nev’s Brother and a colleague decide to document the evolution of that relationship, and the subsequent involvement with the girl’s family and the events that follow. Everything that happens next raises a lot of questions about the levity that online relationships are taken and even the emptiness that real life can carry. All these facts are presented without too much of a depressing tone, which could have been quite easily (and innoxious).

It’s hard to tell you more without spoiling the surprise, so… go!

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Vontades

Passou um Janeiro inteiro e não meti aqui nada digno de registo.

Passaram as eleições presidenciais e não tive vontade nenhuma de votar. Tive vontade de escrever sobre a minha falta de vontade de votar, mas ia chover tanto no molhado que fiquei logo sem vontade de escrever sobre a minha falta de vontade.

Deixei também de ter vontade de ser sócio do Sporting, não querendo compactuar com a escumalha que por lá permanecerá a delapidar o clube até vir a mulher da fava rica mas, por menos poder que eu tenha, falta-me vontade para deixar o clube completamente à mercê da vilanagem, por menor impacto que eu tenha. De escrever mais ainda sobre isso, menor vontade tenho.

A vida continua a correr de vento em popa e eu continuo com vontade de torná-la ainda melhor, essa não falha e mais cedo ou mais tarde vão haver novidades. Por agora, além da ITDS ainda tenho dois projectos paralelos na calha. Um deles é uma barba que já tinha vontade de tentar deixar crescer desde que nasci, e do outro falarei na altura devida.

Assim se volta a escrever, sem dizer nada. Sabe bem de vez em quando.

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Voltei

Bom, ainda não é um regresso efectivo porque a preguiça do primeiro dia do ano não deixa, mas é um começo.

Duas resoluções de início do ano em relação ao blog, que já queria ter feito há mais tempo:

Tornar isto multi-língua. Graças ao plugin qTranslate, já temos português e inglês em cada página e nos posts que o justifiquem, e onde a minha esquizofrenia aguente.

Incluir aqui um mapinha com os lugares por onde já passei. Só me fez é ter mais vontade de viajar. Já tem uns quantos pinos, mas ainda há demasiado espaço por preencher neste mundo.

2010 já era, foi do caralho e 2011 ainda há-de ser melhor.Ok, it’s not an effective comeback yet, but it’s a start.

Two new year’s resolutions regarding this blog:

Multilanguage! Thanks to the qTranslate plugin, from now on we have Portuguese and English versions of every page, and in the posts that make sense to.

I have included here a map of the places I have been. No big deal, just makes me more anxious about exploring the world more!

Goodbye 2010, you were a fucking great year, but 2011 will be even better.

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