Cinemadas

A minha escolha de Halloween

Female Vampire

A minha escolha cinematográfica de Halloween este ano não é cá Evil Dead, Pesadelo de Elm Street, Carrie, The Shining ou episódio especial dos Simpsons ou do American Horror Story. Female Vampire.

Há coisas que arrepiam. Uma condessa vampiresca chamada Irina que habita um hotel na Ilha da Madeira? Como o Jess Franco poderia saber que estava fazendo um filme perfeito para mim, que só nasceria 13 anos depois?

Obrigado ao excelente site My Two Thousand Movies pelo achado, e ao não menos notório Rare Cult Cinema pelo poster.

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Ajuda a Gaula

Tipicamente tendo a duvidar deste tipo de iniciativas, mas esta foi-me dada a conhecer por uma pessoa de confiança, da minha família.

Os meus tios vivem em Gaula, e felizmente conseguiram combater com os seus próprios meios o fogo antes que este inflingisse algum dano à sua casa.

Várias pessoas da Freguesia não tiveram a mesma sorte, tendo visto desaparecer casas, carros, hortas, animais… em alguns casos, o seu único meio de subsistência.

Quem quiser ajudar com um euro que seja, pode fazê-lo através do NIB 0038 0000 4009 1856 77197, de uma conta criada pela Junta de Freguesia para esse efeito. Por mais que a vida custe, ajudar não custa.

Quem estiver na Madeira e quiser apoiar com o seu trabalho, com entrega de roupa, comida ou outros pode fazê-lo contactando a Junta de Freguesia, pelo telefone 291526262. Quem quiser simplesmente partilhar isto, pode fazê-lo através deste evento do Facebook.

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Andanças

Madeira

Durante a semana passada estive mais uma vez na pérola do atlântico com a mulher amada, e ainda a sobrinha e a cunhada mais nova.

Como grande parte dos sítios que lhes mostramos já aqui foram descritos em relatos anteriores, vou só falar de duas “novidades”:

Parque Temático de Santana

Só peca por ser algo caro (10€/8€ crianças) para o tamanho e o número de atrações que tem, mas tudo o que tem é cuidado e bem feito. O espaço é agradável, os funcionários extremamente simpáticos e prestativos, e as atrações são todas bastante educativas de uma forma divertida, sem serem maçadoras.

Destaco o “teatro virtual” raízes da madeira, um teatro feito com projecções sobre a história da ilha desde o descobrimento até aos dias de hoje (com algumas histórias bastante interessantes, como o grande saque de piratas ao Funchal a 3 de Outubro de 1566), o típico comboio de parque de diversão “à descoberta das ilhas” e as réplicas perfeitas (exteriores e interiores) das casas de Santana.

Quinta do Santo da Serra

Um segredo bem guardado, que ao contrário do anterior, é inteiramente gratuito. Nem apanhei bem se o nome oficial é mesmo Quinta do Santo da Serra, mas é o antigo Parque Blandy, e está mesmo no centro da freguesia, a seguir da igreja. Animais (estilo quinta pedagógica), imensa vegetação devidamente cuidada e catalogada e miradouros deslumbrantes. Grande lufada de natureza e ar fresco.

Fica pra voltar.

 

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Desportadas

Atlético x União

Hoje fiz uma coisa que adoro e que este ano ainda não tinha tido oportunidade (ou vontade) de fazer: ver a bola com o meu pai.

E lá fomos nós para o Estádio da Tapadinha, nesta tarde de condições perfeitas para a prática do desporto rei, assistir ao jogo que opôs o Atlético Clube de Portugal e o União da Madeira, em jogo a contar para o playoff de acesso à Liga de Honra.

Alcântara estava ao rubro, em grande parte devido ao facto da entrada ser livre, como forma de incentivo à possível subida de um clube que, à imagem do União, já viveu melhores dias mas mantém uma massa adepta fiel. Infelizmente, a vitória acabou mesmo por sorrir aos da casa, fruto de um belo pontapé de bicicleta (!) de Rudi.

Tão estranhando? Eu sou do União desde pequenino! Mais do que um clube da terra do Cardoso mais velho, era o clube do coração do Cardoso mais velho ainda. Ficou para lembrar.

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Andanças

Madeira, day 3

Como diz que ao sétimo dia Ele descansou, neste domingo foi só lazer. Fartamo-nos de andar por essa ilha afora, e com a particularidade de ter sido maioritariamente pelas estradas antigas e as suas paisagens magníficas e as suas curvas e contra-curvas e dois sentidos onde só cabe um mini e túneis escavacados à mão.

Sem ter a certeza da ordem específica do percurso, estivemos em Machico, Porto da Cruz, Faial, São Jorge, Santana, Ponta Delgada, São Vicente, Ribeira Brava, Campanário, Funchal mais uma vez, e outras localidades das quais já me falha a memória.

Esteve um sol valente e um calor do caraças durante grande parte do dia, já há algum tempo em que não me dava o luxo de passear só de t-shirt. Desconhecia que o Porto da Cruz era o ponto dos “sárfistas” na Madeira, eu que não percebo muito do assunto pareceu-me ter visto boas ondas e uma paisagem melhor ainda, para variar.

Fiquei também a saber que São Jorge produz os melhores vinhos da ilha, ou pelo menos os mais afamados. Entre São Jorge e São Vicente passa-se pela Encumeada , e lá no cimo (cerca de 1003m de altitude) é possível avistar o lado Norte e o lado Sul da ilha, ou melhor, seria, se não estivesse um nevoeiro do caraças na altura em que lá chegamos, a vista é a que tá ilustrada na fotografia acima ; é no entanto interessante ficar a ver as nuvens dirigindo-se de um lado para o outro, e constatar como é que de um momento para o outro um lado fica encoberto e o outro continua solarengo.

Na Serra de Água tivemos a real noção dos estragos do temporal, o cenário é catastrófico, desolador: pilhas de pedras trazidas do mar, carcaças de carros destruídos, casas de pé por milagre enfiadas no meio do entulho.. confesso que não foi por passarmos de carro que não tirei fotografias, porque o trânsito até estava muito parado devido às obras; foi porque além disso já ter sido suficientemente coberto nos meios devidos, eu não tenho estômago para andar a tirar fotos enquanto as pessoas tentam reconstruir as suas vidas. Se soa dramático, é porque o é.

Dramático também será o regresso ao continente amanhã, mas isso fica pra pensar. O trabalho urge, as saudades da mulher amada apertam, a Madeira vai ter que passar mais uns mesinhos sem mim. I’ll be back!

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Andanças

Madeira, day 1

Esta manhã serviu para passear um bocado. Não conhecia ainda Ribeiro Frio, que fica no meio de uma floresta Laurissilva que é património mundial da Unesco e tem um parque aquícola com um viveiro de trutas de todos os tamanhos e feitios. Tive pena de não me embrenhar no meio da floresta e das belas levadas que por lá devem haver, mas hei-de lá ir. Tive pena também de não comer uma daquelas trutas de seguida, mas ainda não tínhamos fome.

Almoçamos em Santana, num restaurante simpático chamado “Os Bragados”, recomendo completamente; não se paga muito e enfardam-nos como a um porco antes da matança: granda pratada de milho cozido e um valente atum à escabeche, ainda tou a arrotar. Para acompanhar, claro, o meu clássico Brisa Maracujá.

A caminho de casa passamos em Machico só para ver as vistas e assentamos para descansar, no caso do meu pai, e para trabalhar um bocado na tese, no meu caso. Por acaso a produtividade aqui nesta calmaria é elevada, curtia que os voos fossem de graça.

À noite, como não podia deixar der ser… ia estar aqui o Sporting e não o iríamos apoiar, que ideia estapafúrdia é essa? Ainda que pobrezinho e em obras, o Estádio dos Barreiros não deixou de me deslumbrar com a sua maravilhosa vista sob a baía do Funchal (que infelizmente vai ser tapada com as novas bancadas). Jogo de merda para não variar um bocado, mas valeu a pena para conhecer os Barreiros e rir um bocado com os adeptos do Marítimo, em particular os do Esquadrão Maritimista e essa curiosa raça que são os xavelhas (naturais de Câmara de Lobos), que não me sinto capaz de descrever com palavras.

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Brisa Maracujá

Hoje bebi um golinho de Brisa Maracujá, à pala do meu amigo Falso.

Para quem não sabe, é um refrigerante muito, muito bom, da Madeira, a terra do meu pai. Diz-se que foi o primeiro refrigerante no mundo à base de sumo de maracujá puro. No meu ranking pessoal, os melhores refrigerantes do mundo, por esta ordem, são: Guaraná Antarctica, Fanta Uva, Brisa Maracujá, Sumol de Ananás.

Ao Brisa, só o bebo quando lá vou, ou quando o meu pai dá um saltinho ao Supermercado Sá, no Campo Pequeno; assim sendo, cada gole é uma alegria imensa, e senti-me na necessidade de partilhá-la com o mundo.

Com esse golinho veio a notícia de uma nova lata, e da futura produção no continente, o que é excelente. Assim sendo, fica a faltar  as padarias começarem a fabricar Bolo do Caco, os restaurantes fazerem milho frito, o 500 deixar o Ruben Micael vir para o grande Sporting, e o restaurante Madeirense do Almada Fórum deixar de ser uma valente merda.

Fica pra pensar.

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Madeira, The End

Caindo no óbvio e no velho cliché: o que é bom acaba depressa. O tempo voou.

É um crime eu ter passado tanto tempo sem ir à Madeira, pois é um dos lugares onde eu me sinto quase em casa. Quase, porque em absoluto isso não acontece verdadeiramente em lado nenhum. Fica pra pensar.

Aviso aos incautos que fazendo scroll down podem ler o relato diário completo desta viagem, e que clicando no título do post podem ver (quase) todas as fotografias que tirei. Aconselho que se comece pelo começo, mas se assim não quiserem, não é grave.

Um pequeno resumo: enfrasquei-me de Brisa Maracujá, entupi-me de Bolo do Caco; refresquei a cabeça e limpei a alma; engoli fumo e bebi fogo; revi a família, vasculhei a memória; caminhei bastante, mergulhei bastante, e fundamentalmente, amei bastante, obstante nunca quanto baste.

A pérola do atlântico que nos aguarde, que com certeza a ela havemos de voltar.

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Madeira, dias 6 e 7

Dia madrugador, mas bem compensado. Partida para total relax na ilha de Porto Santo, a ilha dos Profetas, nome dado pelos madeirenses aos portossantenses. A recíproca é os Americanos.

A viagem não é barata, mas o barco (Lobo Marinho) é brutal. Mal se sentem as duas horas e pouco de viagem, pelo menos com o mar calmo que apanhamos.


O Lobo

Diferentemente da Ilha da Madeira, o Porto Santo possui um extenso areal de cerca de 9 km. A água, essa, ainda é melhor que na Ilha Mãe. Pena que, num sítio em que raramente chove, tenhamos apanhado uma molha do caraças à noite, mas a tarde foi completamente passada na praia, a lagartar.


Tanto mar, tanto mar

A viagem vale a pena, mas só mesmo por 1 dia ou 2, porque fora fazer praia… total marasmo. De qualquer forma, se não for a melhor praia de Portugal, não está longe disso.

Uma nota para a famosa “lambeca”, o gelado de maior sucesso no Porto Santo. Fraquíssimo, artificial, não lhe vislumbro nada de interesse. Conhecessem estes madeirenses a gelataria Pintado, da Costa…

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Madeira, dia 5

Neste dia, por fim, demo-nos ao trabalho de explorar mais a fundo a capital madeirense.

Marina, Centro, Mercado dos Lavradores etc e tal, e lá nos enfiamos no teleférico, rumo ao Monte. Altitude puxadinha, e de louvar a engenharia que pr’ali vai: não me parece ser muito fácil enfiar aqueles cabos e postes no meio das inacessíveis matas que estão por baixo, mas pode ser só impressão minha.

Eu ia com a ideia fixa de voltar nos carros de cestos, mas cheguei lá acima perdi a vontade. Primeiro, o preço: 25 heróis para andar 2 km. Depois, aquilo não me pareceu meter grande pica. Ao contrário do que constava no meu imaginário, eles não andam ali com uma granda jarda a esgalhar pelas descidas abaixo. Pareceu-me muito devagarinho para merecer o meu investimento.


Haja trabalho pra tanto homem de branco


E lá vai disto, Evaristo

Mais umas voltinhas, Jardim Botânico, e partir que no dia seguinte era acordar às 6 para partir pra ilha de Porto Santo. Quisera a vida ser sempre assim.

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