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Pai

Faz hoje uma semana que descobri uma pessoa que vai mudar a minha vida e a da Irina.

Ainda não conheço essa pessoa, mas já a amo incomensuravelmente. Já penso nela em grande parte do que faço, do que decido, do que quero daqui para a frente.

Quero que ela chegue, quero que me abrace, quero que cresça, que me peça, me pergunte, me surpreenda.

É tudo muito estranho. É tudo bom demais.

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Cinemadas

This Must Be The Place

Parece que não fez grande sucesso, mas eu gostei muito deste primeiro filme em inglês do Paolo Sorrentino. De quase tudo, mas principalmente da originalidade da história. Sean Penn encarna e bem a figura ridícula de Cheyenne, uma estrela de rock reformada, desiludida e completamente desapegada do mundo atual. Após a morte do pai, descobre que este passou a vida inteira à procura do seu torturador nazi, e decide retomar essa perseguição.

Um ponto de partida que parece absurdo mas que é bastante mais plausível do que possamos pensar à primeira vista, o que vamos vendo enquanto vamos acompanhando a jornada e remoendo os fantasmas do passado, da família e do showbiz, sem grandes dramas ou moralismos.

Os road movies andam a fazer falta. E a música que lhe dá nome não me sai da cabeça.

 

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Cinemadas

Capitães da Areia

Não acho que este filme faça de todo jus à obra-prima de Jorge Amado nem ao cinema Brasileiro, mas não deixa de ser entretenimento saudável.

Salientando que não é um mau filme, e que é de louvar a (não inédita e comprovadamente bem sucedida) opção por adolescentes de ONG’s para protagonizarem-no, não é marcante nem mágico, é apenas uma sucessão competente de alguns dos elementos base do livro e das diferentes estórias que o compõem, com uma realização segura mas sem chama, muito à moda de videoclipe ou spot publicitário para o meu gosto.

Além dos jovens atores, quem está de parabéns é o Carlinhos Brown e a banda-sonora que, essa sim, acaba por acrescentar muito ao filme. Mas a conclusão maior que fica é… leiam o livro, se ainda não o fizeram.

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Jogos da Fome no Pingo Doce

Full disclosure: a minha amada esposa trabalha no Pingo Doce. No entanto, estas linhas que escrevo são completamente alheias a esse fato, pois ao contrário da maior parte dos colegas, ela teve a imensa sorte de gozar o Dia do Trabalhador em casa.

A maior parte de vocês já deve ter ouvido falar da “mega-promoção” do Pingo Doce de hoje, e apenas de hoje, dia 1 de Maio, de oferecer 50% de desconto em compras superiores a 100 euros. Também a mim me daria imenso jeito uma promoção dessas, e fui um dos que tentei usufruir da “caridade”. Desisti após espreitar três hipermercados e ver o clima de ferro e fogo que imperava em todos, dada a necessidade de muitos, e a ganância de outros tantos.

Nestes moldes, é uma acção completamente descabida, hipócrita e absolutamente irresponsável. Não se preocupam com o bem-estar dos seus funcionários nem da população que servem (ambos completamente despreparados para tal), sujeitando-os a humilharem.se, a agredirem-se ou desesperarem por completo. A Jerónimo Martins faz isto apenas para aparecer, apenas porque pode, quando o poderia em outro dia qualquer, pela duração que bem entendesse.

Assim sendo, e ficando por aqui quanto às minhas considerações, deixo aqui sugestões para futuras promoções desta ordem:

  • Os clientes que conseguirem levar mais de 50€ em compras sem utilizar as mãos, braços, pés e pernas ganham 50% de desconto no total das compras que carregam. Podem utilizar cabelos, orelhas, nariz, pescoço, mamilos ou quaisquer outros músculos ou partes moles do corpo.
  • Oferta de 50% de desconto sobre todos os produtos (alimentares ou não) que os clientes consigam engolir sem vomitar em 10 minutos.
  • Organização de duelos entre os clientes, sendo as armas quaisquer utensílios recolhidos no interior da loja. Os clientes a sobreviverem ou permanecerem de pé ficam com o carrinho de compras do vencido, de graça.
  • Os clientes que demonstrarem ter incendiado ou explodido um estabelecimento da concorrência ganham um desconto de 50% nesse dia, sem limite de quantidade de artigos.

Fica pra pensar.

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