Sonoridades

Phalasolo

Eu gosto de hip-hop.

Dizer isto é quase um crime hoje em dia, e com razão de ser; a quantidade de merda que hoje em dia passa por música (e que faz sucesso) é absurda. Pior do que o lixo que se importa lá dos States, são as cópias baratas de Gangsta Shit que se fazem por cá.

Posto isto, venho louvar um artista português que lançou recentemente um álbum completamente gratuito, integralmente disponível para download, o que já de si é um acto de grande coragem e bom-senso; as caças às bruxas da pirataria são pura perda de tempo, o caminho a seguir é este (ou outro qualquer, o que é preciso é tentar).

O álbum até nem se encaixa de todo na categoria de hip-hop, mas inclui participações de alguns dos “notáveis” nacionais do género (Da Weasel e companhia), e é todo ele uma apaixonada homenagem ao funk e ao soul de outros tempos, com uma enorme mistela de samples e de estilos, mas sempre com critério e, na maior parte das vezes, bom gosto.

Além disso, quando não exagera, o gajo até consegue arrancar uns belos falsetes da goela.

Saquem que merece, não é nenhuma obra-prima mas sabe bem ouvi-lo.

Já agora, uma pequena consideração sobre o mais recente álbum de um rapper que passa um bocado ao lado mas que admiro bastante, o senhor Common.

Universal Mind Control é audível, é engraçado, entretém, mas é vulgar e enjoa rapidamente. Para o bem ou para o mal, demasiado “Kanyewestziado”; esse gajo tem as garras em todo o lado. Fico-me pelo “velhinho” be. Please let me testify!

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I knew the answers

O hype e as polémicas justificam-se. Não acho que seja grande, grande, mas é um belo filme. O Danny Boy(le) quando acerta, acerta; bem contado, e filmado com um estilo e ritmo muito próprios. A banda sonora ajuda muito à festa (sou fã, ainda hei-de fazer parte dum clip destes).

Tragédia, romance, redenção. Sigam e emocionem-se com as peripécias de Jamal & Co. E com a Latika…

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Andanças

Paz e Amor

Paz e amor. Estas duas palavrinhas bastam para descrever o passado fim-de-semana. E é tudo o que um homem precisa.

A bordo do saxónico, para eu desenferrujar um bocado do volante, parti com a minha mais que mais que tudo para uma longa viagem até ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.

O caminho é longo e cheio de curvas e contra-curvas, mas vale bem a pena. A paisagem pelas entranhas da serra é indubitavelmente das mais belas de Portugal. Portugueses, metam na cabeça que o vosso país tem muito lugar bonito para se ver.

Apanhamos uma promoção “à lorde” num hotel, com pequeno-almoço na cama, jantar romântico e um circuito de SPA; como não poderia deixar de ser, tudo muito menos atractivo do que parecia no panfleto, mas não deixou de saber MUUUITO bem, e de constituir o clima ideal para o fim-de-semana romântico perfecto. Até o bom sol ajudou à festa.

Não percorremos toda a serra, mas deu para fazer um belo percurso turístico; Cascata do Arado, Miradouro da Pedra Bela, Covide, São Bento da Porta Aberta, Barragem de Vilarinho das Furnas… havemos de lá voltar para desbravar o resto!


Y. e os calhaus


Cascata do Arado


Vista da Cascata


Vista da Pedra Bela, 800m de altitude


Uma obra de arte contempla outra

Voltei de lá amando ainda mais a mulher que amo. Não por causa do São Valentim ou de outra treta do género; simplesmente porque é assim a cada dia que passa.

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Andanças, Desportadas

Day Three – Siamo Noi

Precisei chegar a casa e escrever logo este post, enquanto ainda estou extasiado, enebriado, possuído, ensandecido. Existem muitas emoções fortes nesse mundo, mas nenhuma é igual a assistir a um jogo da selecção canarinha.

A melhor torcida do mundo. Ponto.

Londres foi completamente invadida pelos brazucas, em número, em alegria, em cor, em tudo. O metro já vinha verde e amarelo desde a primeira estação, e foi apertando até não mais. O Tuco ia enganando todo mundo, respondendo aos “é nóis” com um “valeu!” setubalense muito do aldrabado.

O domínio tupiniquim começou logo na saída da Arsenal Station: 5 italianos começaram a gritar “siamo noi, siamo noi, campioni del mondo siamo noi“; imediatamente envolvidos por uma enorme massa amarela, que improvisava “SIAMO NOI, SIAMO NOI, CINCO VOLTE CAMPIONI SIAMO NOI”, os azuis evaporaram, completamente. Ciao!

Infelizmente o nosso amigo saudita que trazia os bilhetes se atrasou, e entramos com uns 3 minutos de jogo. Deu tempo. Ainda recrutamos um puto polaco pelo caminho; um luso-brasileiro, um luso-luso, um saudita e um polaco. Todos inteiramente brasileiros in questa notte! Os gritos de “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” do Tuco que o digam!


Tuco, o Zuca!


Alsaleh, came to support Italy, but got brainwashed!

No campo, os homens dando show, fazendo gato e sapato da defesa italiana, marcando belíssimos gols. Gaúchão e Robinho faziam maldade, e a torcida (60000) na bancada maltratava de igual modo os italianos. Tinha um napolitano ao meu lado quase chorando; cada vez que eu gritava, ele se imaginava me degolando. Saiu do estádio 15 minutos mais cedo. Arrivederci!

No final, flamenguista abraçado com vascaíno, gremista com colorado, japonês com paraíba, e eu pulando no meio do moche da mancha verde (desculpa aí cunhadão)!

Festa e batucada por todo o caminho. Samba, brega, funk. A melhor torcida do mundo. SIAMO NOI!

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Andanças

Day Two

Hoje a chuva não foi molha-parvos; molhou tudo o que é otário que andava na rua, sem excepção. O dia de hoje poderia ser assim resumido: choveu, choveu, e choveu. Não parou de chover nem um minuto que seja.

Ainda assim, passei bastante, ainda que travelling solo. Eis que ao segundo dia, vi o gajo. Não foi o Vale e Azevedo, foi mesmo o Big Ben.

Não que eu seja grande fã, acho-o um presunçoso do caraças, mas este tem mesmo que se ver.

Estive também no olho. E chove chuva.


Olha o gajo querendo aparecer na minha foto ali de ladex; emplastro!

Antes disso, o clássico Natural History Museum, para ver os nossos avós Dinossauros, e tudo o que é bicho que anda (ou já andou) por aí. Mais um imperdível.

Mesmo ao lado estava a universidade do Nuno, o Imperial College, onde almocei, e segui para o Science Museum; bastante diverso, educativo e tudo o mais, dá também para um gajo divertir-se um bocado com as experiências que por lá se fazem. E ver uns cérebros engarrafados.

E amanhã… dia de SOCCER!!! BRAAAAAAAAAASIL-SIL-SIL-SIL!!!! Fui!

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Andanças

Day One

*Para os preciosistas: foi Day One sim senhor, o dia de ontem foi Day Zero. Sou mais esperto que vocês ou não sou?

O dia foi cansativo, mas proveitoso. Não houve neve, só uma chuvinha molha-parvos.

Estivemos no British Museum, como não podia deixar de ser; a manhã inteira não chegou nem para ver metade, mas mesmo assim vimos muita, muita coisa, destacando o Ancient Egypt, o Mexico e o Japan. Sinto-me sempre mais sábio e com vontade de coçar a barba, quando vou a sítios destes.

À tarde, o Imperial War Museum, que me surpreendeu, pela positiva. Não é preciso ser apaixonado por história de guerra para adorar a visita. Impressionante o espólio de armas, tanques, aviões, bombas, fardas, informação, relíquias e tudo o mais. O Tuco ficou maluco, queria ficar a morar lá, dentro de um tanque ou de um submarino, mas eu não deixei. Ele tem cara de alemão, não lhe iam tratar bem.


Será que daqui acerto na careca do amuco?

De salientar que estes dois museus, enormes em tamanho e qualidade, são gratuitos. É um luxo.

De resto, passagem por Picadilly, Trafalgar Square, muita caminhada para combater o frio. Amanhã há mais.

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Andanças

Just touched down in London town

Cheguemos!

A viagem

O voo foi tranquilo. O único brazuca (além de mim) que “detectei” no meio do pessoal, ficou sentado ao meu lado, o Gilmar. Ficamos na dianteira do avião,nos primeiros lugares da primeira fila, porque brasileiro gosta de aparecer.

Estávamos mesmo em frente à cabine dos pilotos e, antes de descolarmos, ouvimos o comandante a dizer para o sub: “I need to take a shit“. Como é óbvio, fomos obrigados a apelidá-lo de Capitão Cagão. By the way, ele era igual ao Craig Bellamy (cara de bebâdo, portanto).

Deu ainda para presenciar um desaguisado bem à portuguesa: duas senhoras com idade para ter juízo no despique, por causa de um lugar à janela. Felizmente, o Capitão Cagão acabou a sua obra a tempo, e veio apartar a briga, em pessoa. Capitão Cagão saves the day!

O resto da viagem não tem grande história, o Gilmar dormindo, eu lendo a Turma da Mônica.

A chegada

A chegada não foi tão tranquila quanto a viagem.

Não bastando o aeroporto de Luton ser no cú de Judas, Judas tá com o cú coberto de neve! O efeito visto lá de cima, é espectacular (parece que a cidade tá toda soterrada), mas tivemos que esperar que limpassem a neve da pista para o avião estacionar. Isso somado com as horas que levaram a ir do cu de Judas até ao centro, mais o tempo de encontrar o Tuco, mais o tempo de chegarmos a casa, deu… umas horas valentes, roxo de fome.

Mas PRÓNTES, cá estou eu em Hounslow (ou Little India), e até nem tá tanto frio quanto esperava. Mais novidades para breve!

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